A mineradora australiana Pilbara Minerals anunciou a compra de um projeto de lítio em rocha dura em Salinas, Minas Gerais. O valor da transação é de cerca de US$ 370 milhões com a também australiana e rival, Latin Resources.
Segundo executivos da companhia, a atuação no Brasil vai aumentar em 20% seus recursos minerais, com potencial de se transformar em uma das dez maiores operações de lítio em rocha dura no mundo. O lítio é ingrediente-chave na fabricação de baterias.
Além da transação entre as mineradoras australianas, há previsão de investimento de US$ 400 milhões nos próximos três anos.
A planta comprada pela Pilbara é vizinha das minas operadas pela brasileira Sigma Lithium, na região do Vale do Jequitinhonha, norte mineiro. Em entrevista exclusiva à CNN, a co-fundadora e CEO da empresa, Ana Cabral, comemorou o anúncio da concorrente australiana.
“A transação é incrivelmente boa para o Brasil, para o setor de materiais críticos minerais. A Pilbara é a segunda maior do mundo e agora entra aqui. Um investimento da nossa maior concorrente mostra nossa maturidade operacional e a consolidação do setor. E coloca o Brasil no mapa da produção de lítio global”, disse Ana Cabral.
A executiva diz que o setor de mineração no Brasil oferece hoje o que chamam de “santíssima trindade” para o investimento: baixo custo, larga escala e rastreabilidade operacional com padrões trabalhistas e ambientais. A aquisição da Pilbara é a primeira transação internacional da mineradora australiana.
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